quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Introdução geral à Grécia 500 AC

O que conhecemos por Grécia (Helas) não existia na época das guerras persas. Os gregos eram cidadãos de suas polis. Mais, o povo grego que habitava o continente era de duas orígens, Jônios, vindos do oriente médio, e Dórios, vindos do norte. A maior cidade Jônia era Atenas, seguida de Tebas. A maior cidade Dória era Esparta, seguida de Corinto. Jônios e Dórios possuiam diferenças de cultos e de linguagem, mas eram todos considerados gregos. A definição de grego em heródoto pressupõe alguém que fale a língua grega e tenha em geral, a mesma cultura e adore os mesmos deuses. Cooperação não era considerada uma virtude grega e, de fato, as polis frequentemente estavam em guerra entre sí. Ser cidadão de uma poli em geral pressupunha ser um homem livre, maior de idade e com meios para se manter. Mulheres, escravos, crianças...nenhum, normalmente, era considerado cidadão. Dentre os cidadãos de uma polis, haviam primeiros os aristocratas, donos de terras foram da zona urbana, que se dedicavam aos lazeres do homem livre. Aristocratas possuíam escravos e contratavam outros homens para cuidarem da lavoura em suas terras, frequentavam a ágora, assistiam a assembléias ou atendiam ao rei, ou tirano, dependendo da forma de governo adotada na cidade. Artesãos e demais trabalhadores poderiam ser homens livres, escravos ou méticos (estrangeiros residentes), todo tipo de ocupação existia nas polis, os mais abastados possuiam escravos para fazer todo o trabalho, ou artesãos juniores, a quem supervisionava. Os produtos eram dispostos na ágora. Produtos de consumo diário eram expostos à venda, já os demais produtos confeccionados eram feitos sob encomenda, e um artesão expunha na ágora apenas uma amostra para demonstrar sua qualidade. Homens livres podiam ainda ser remadores em galés, trocadores de dinheiro, ou ocupar uma função pública se eleito (no caso da democracia ateniense). Calcula-se que, na época, Atenas deveria ter 50 mil cidadãos e 100 mil escravos. Um escravo numa cidade grega podia ter uma vida que variava desde moderadamente confortável até completamente miserável. Um escravo de confiança podia ser eleito pedagogo dos filhos (homens) de um cidadão, ocupar um ofício, ou ser enviado à guerra no lugar do seu senhor. Ou podia ser alocado às minhas, ou às galés (destino dos escravos mais belicosos), onde a vida era dura e, geralmente, curta. Os escravos na Grécia poderiam ser homens e mulheres não gregos (bárbaros) capturados em batalhas e ataques, quanto gregos empobrecidos e endividados. Em Esparta apenas, os escravos eram gregos conquistados durante as guerras de supremacia da Lacônia e Messênia. Os escravos espartanos eram conhecidos como hilotas (servos). Os hilotas lacônios tinham mais liberdade, embora presos à terra, ficavam com a maior parte da produção e podiam criar animais, além de não poderem ser removidos de suas fazendas. Serviam como auxiliares na guerra e podiam ganhar a liberdade por bons serviços. Os messênios, pelo contrário, tinham menor participação sobre a produção da terra e não tinham qualquer direito. Todo ano, a junta de 5 éforos eleitos declarava guerra aos hilotas, o que, de fato, permitia que qualquer espartano matasse um hilota que considerasse perigoso ao estado. No período do jogo entre 500 e 480 AC, as cidades que tiveram maior importância foram Esparta e Atenas. Outras cidades em cujos territórios fatos de importância ocorreram foram Phocis, Locris, Plataea, as ilhas de Eubóia, Salamina e Égina. Entre 480 e 440 AC, Atenas e as cidades Jônias da Anatólia (costa do oriente médio) são palco de atividades importantes, mais tarde, novamente Esparta e Atenas, junto com Tebas, Corinto, Argos, e as colônias italianas tomarão o palco para sí. A saga se encerrará com as campanhas de Filipe da Macedônia e seu filho, Alexandre.

Nenhum comentário: